No ano passado, tivemos que mudar o “senso de normalidade” na tentativa de interromper o contágio do novo coronavírus (Covid-19) e nivelar a curva de transmissão. Desde as pessoas mais velhas aos mais jovens de nossa sociedade, a tensão tem sido tremenda. No âmbito profissional, realizamos mudanças que nunca pensamos em fazer e temos lutado muito para manter nossos níveis de produtividade altos. E é nesse pequeno contexto que devemos entender a importância da inteligência emocional na pandemia de covid-19.
As taxas de transmissão e mortalidade para a Covid-19 são impressionantes, mas o verdadeiro impacto desta pandemia global é ainda mais generalizado.
Segundo um estudo recente da Kaiser Family Foundation (organização americana sem fins lucrativos), quase metade de todos os adultos na América relataram sintomas de ansiedade e / ou depressão após o início da pandemia em 2020.
Esta é uma mudança exponencial para números de um período de tempo semelhante em 2019, durante o qual aproximadamente um em 10 pessoas relataram os mesmos sintomas. Esta crise global sem precedentes mudou mais do que a maneira como fazemos compras, viajamos e visitamos outras pessoas. O núcleo do nosso ritmo diário foi alterado.
Dessa maneira, isso levanta a seguinte questão: como os gerentes e aqueles que ocupam posições de liderança no mercado corporativo, conseguem proteger os funcionários? De que maneiras podemos ajudar aqueles que estão sofrendo?
Para entender o que pode ser feito, confira abaixo a importância da inteligência emocional na pandemia e veja dicas sobre o que fazer para proporcionar bem-estar aos funcionários.
Inteligência Emocional na Liderança
A inteligência emocional, também conhecida como quociente emocional ou QE, nos permite usar, compreender e gerenciar as emoções para melhor comunicar e superar desafios e conflitos.
Na maioria das vezes, o termo inteligência emocional é usado para explicar sua própria consciência social e capacidade de ter empatia com os outros. Quando em uma posição de liderança, seu intelecto emocional permite que você estenda a mão para outras pessoas dentro de sua organização quando você sente que algo pode estar errado.
Concentramos extrema atenção em nossa inteligência e na inteligência de nossos funcionários dentro de nossos parâmetros de negócios específicos. Mas adquirir inteligência emocional na pandemia para liderar as equipes nunca foi tão importante quanto agora.
Com menos pessoas reunidas fisicamente no escritório, pode ser difícil procurar as pistas sociais que muitas vezes notamos inatamente durante as interações da vida real. No entanto, existem maneiras de transferir seu conjunto de habilidades de inteligência emocional para chamadas de vídeos.
Por exemplo, um funcionário fica mais quieto durante as reuniões? Os membros da equipe hesitam em compartilhar ideias quando costumam ser francos? Alguém está parecendo mais exausto do que o normal? Podemos ter menos pistas em um ambiente digital, mas elas ainda estão lá e, como empregadores, precisamos estar mais sintonizados com as pistas sutis.
Equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal
O debate sobre a importância da inteligência emocional na pandemia de covid-19 também levantou mais questões referente ao equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.
Por meio da pandemia, mais organizações estão repentinamente entendendo seu papel na proteção da saúde emocional de seus funcionários. É fundamental para as operações do dia a dia que nossas equipes estejam prosperando e não apenas sobrevivendo.
As empresas que são capazes de redirecionar recursos para propor ambientes de trabalho criativos e horários que permitam que o trabalho flua em torno das demandas da vida pessoal durante a pandemia serão aquelas que se destacarão.
Isso pode significar investir em equipamentos para que o trabalho remoto seja mais ágil ou estabelecer programas que permitam aos funcionários fazer uso de licença médica de emergência por doença, bem como lacunas de creche e dias de repouso para a saúde mental.
A Deloitte apresenta essa hipótese para 2021 seguindo os resultados de sua pesquisa Global Human Capital Trends, no qual afirma em um trecho;
“A COVID-19 nos lembrou dos imperativos duplos do bem-estar do trabalhador e da transformação do trabalho, mas os executivos ainda estão perdendo a importância de conectar os dois. Organizações que integram o bem-estar ao design do trabalho nos níveis individual, de equipe e organizacional construirão um futuro sustentável onde os trabalhadores podem se sentir e ter o melhor desempenho possível. “
Os efeitos duradouros da pandemia na saúde mental de nossas equipes
Mais do que nunca, a discussão sobre a importância da inteligência emocional na pandemia de covid-19 não deve ficar restrita apenas a este período.
Devemos permitir flexibilidade, agora e no futuro. Isso significa fornecer recursos tangíveis que ajudam nossas equipes a continuar a florescer. Será necessário que os líderes se abram e admitam que eles também estão lutando para trabalhar em casa enquanto estudam virtualmente. Isso pode significar que a flexibilidade nos cronogramas de pagamento e cronogramas físicos deve ser contínua.
Prazos e resultados de trabalho são importantes, mas não podem ser considerados equivalentes à saúde mental daqueles com quem convivemos todos os dias. Dê tempo para que seus funcionários respirem por meio de viagens “simuladas” ou pausas para saúde mental programadas. Precisamos encontrar tempo para nos afastarmos e nos desconectarmos, a fim de voltarmos atualizados para mais sucesso.
Nossos funcionários também são pais, responsáveis e membros de uma comunidade mais ampla. Coletivamente, estamos todos juntando os pedaços deixados para trás pela pandemia, mas também estamos determinados a seguir em frente com força.
Fonte: Forbes.com
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