Devido a crise provocada pela pandemia de covid-19, aliada com a necessidade do distanciamento social para diminuir a contaminação, a adoção do home-office em diversas empresas cresceu. E após 1 ano e meio de pandemia, parece que o home-office realmente veio para ficar, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria de recursos humano – Robert Half, divulgada nesta última quinta-feira (07/10).
A pesquisa evidenciou que 63% dos trabalhadores procurariam um novo emprego caso o atual não permitisse o trabalho remoto, mesmo que só em alguns dias da semana. De acordo com 76% dos entrevistados, o trabalho remoto não é um benefício, mas sim uma forma de trabalhar.
O gerente de operação da Robert Half no Rio de Janeiro – Vitor Silva – informou que um dos modelos mais escolhidos entre as empresas tem sido o híbrido, que tem como objetivo realizar uma divisão quase pela metade, de dias em casa e dias no escritório.
Segundo Vitor: “As pessoas estão gostando desse modelo, porque você mantém a flexibilidade, consegue ter uma rotina boa, mas também não perde o contato pessoal que o ambiente de trabalho agrega, agilidade de decisão, interação social”
Vale ainda destacar que a grande maioria dos trabalhadores (63%) preferem ficar mais dias em casa do que no escritório. Os outros 17% preferem passar mais tempo no local de trabalho.
11% dos entrevistados desejam que o trabalho seja totalmente remoto, enquanto 4% preferem voltar todos os dias aos escritórios. Os 4% restantes não souberam responder.
Diversidade também entrou na pauta de 90% das empresas entrevistadas
Outro ponto levantado além do trabalho remoto foi em relação à diversidade, visto que ao procurar um emprego, os trabalhadores têm observado o compromisso com a diversidade e com as diretrizes de ESG (Meio ambiente, Social e Governança) das empresas.
De acordo com a pesquisa, cerca de 83% dos profissionais consideraram importante a empresa ter uma agenda ESG para aceitar uma oferta de trabalho. Para 50% dos profissionais, eles não trocariam de emprego pois a atual empresa adota práticas ESG e isso os motiva a permanecer no trabalho.
Vitor explicou que: “Tem entrado na conta das pessoas, não só o salário, não é só pacote de benefícios, mas também o posicionamento daquela empresa em relação à política de sustentabilidade, emissão de carbono, o impacto daquela empresa na sociedade”
Além das diretrizes de ESG, a questão da diversidade aparece nas políticas de contratação das empresas. Segundo o estudo, 90% das organizações ouvidas fizeram alguma mudança no processo de recrutamento para garantir diversidade nas contratações.
Dentre as alterações realizadas, 62% das empresas adaptaram os anúncios para atrair talentos mais diversos, e 43% começaram a usar currículos cegos, quando o avaliador não sabe o gênero ou etnia do candidato.
Tal movimento é visto como positivo para o resultado da empresa, pois segundo o estudo, 41% das empresas afirmaram que a diversidade melhora a produtividade, e para 38% impacta positivamente na cultura da empresa.
Por fim, o gerente de operações da Robert Half apontou que cerca de 2 a 3 anos para cá, as empresas começaram a tirar do papel os projetos para diversificar suas equipes, pois enxergava essa melhora na produtividade e para se adequar aos consumidores, que também estão cada vez mais diversos. Isso sem contar uma estratégia para reter talentos.
Fonte: RevistaPEGN – Globo
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