Mais do que nunca, a empatia e inteligência emocional na pandemia se mostrou extremamente importante neste período de turbulência, dado que nenhuma aula de história anterior ou manual de negócios poderia ter nos preparado para as mudanças radicais que mudaram significativamente o nosso mundo e nossos locais de trabalho.
Conforme os funcionários se mudam para trabalhar em suas casas ou se adaptam a um ambiente híbrido de força de trabalho, eles não estão apenas lutando contra os medos e incógnitas da pandemia Covid-19, mas também são puxados em todas as direções em sua casa, comunidade, família e pares.
A pandemia global tem impactado a sociedade de diversas maneiras, assim como os assuntos referente a política e casos de preconceitos. Como resultado, as emoções estão altas e as conversas relacionadas a esses tópicos entraram no local de trabalho este ano de uma forma que nunca vimos antes. Esses eventos forçaram líderes e organizações a tomar decisões sobre como abordar tais discussões sobre política e questões sociais.
Embora as empresas estejam divididas na forma como lidam com essas conversas, este ano tumultuado ilustrou como é difícil manter a conversa sobre questões políticas e sociais mais amplas fora do escritório – virtual ou não.
As empresas têm a chance de infundir empatia e melhorar a inteligência emocional de todos na pandemia, para assim apoiar melhor os colaboradores, independentemente de como eles se sintam sobre questões específicas.
A vista disso, confira abaixo algumas lições que as empresas já adotaram sobre empatia e inteligência emocional na pandemia:
Dê a cada voz a oportunidade de ser ouvida.
De crianças correndo no fundo das reuniões online a discussões sobre as eleições, a vida pessoal e profissional dos funcionários continuará a se sobrepor. E essa é uma ótima maneira de aperfeiçoar a empatia e inteligência emocional na pandemia.
As empresas não devem se esquivar disso, mas encorajar os funcionários a trazerem tudo para o trabalho – especialmente com essas questões pesando muito sobre eles – desde que respeitem os colegas e clientes. Como empregadores, é importante incluir todos os pontos de vista, mas há uma maneira de fazer isso que promove um ambiente de respeito.
De acordo com um estudo da Associated Press (agência de notícias americana); mais da metade dos funcionários disse que a pandemia aumentou seu estresse, e 68% dos pais trabalhadores cujas escolas ou creches foram fechadas “descrevem a pandemia como uma das principais causas de estresse”.
Outra pesquisa realizada pela APA (Associação Americana de Psicologia dos Estados Unidos) descobriu também que; a eleição presidencial dos EUA foi uma fonte significativa de estresse para 68% dos entrevistados, enquanto apenas 52% disseram o mesmo em 2016. É interessante observarmos esses dados e tirar alguns insights sobre as eleições municipais que ocorreram no Brasil em Novembro.
Dessa maneira, reconhecer e compreender esse estresse é fundamental para apoiar os funcionários em tempos difíceis.
Se os funcionários quiserem falar sobre essas questões, é essencial que os empregadores dêem o exemplo e forneçam maneiras seguras e respeitosas de fazê-lo. Por exemplo, encorajar os funcionários a enviar perguntas anônimas para as reuniões gerais.
Outra opção para melhorar a empatia e a inteligência emocional na pandemia, é apoiar os funcionários oferecendo recursos de saúde mental gratuitos, que forneçam acesso confidencial e que tenham treinadores e terapeutas pessoais para aconselhá-los em situações estressantes.
Com esses canais e recursos em vigor, os líderes da empresa sinalizam aos funcionários que estão cientes dos problemas que os afetam e prontos para ouvir, se necessário.
Promova a empatia e a inteligência emocional em todo o escritório, liderando de forma exemplar
Comece comunicando de forma proativa as expectativas em torno de discussões pessoais no local de trabalho, tanto virtuais quanto presenciais. Incentive todos a priorizar a compreensão e a gentileza, fornecer recursos úteis e tornar conhecido que linguagem inadequada ou desrespeitosa não é tolerada.
Aqueles que gerenciam funcionários em momentos difíceis devem priorizar a inteligência emocional. Isso não apenas permitirá que os líderes estabeleçam relacionamentos mais dinâmicos com aqueles que gerenciam, mas uma maior inteligência emocional também incentiva locais de trabalho mais inclusivos e envolventes.
Segundo um estudo conduzido pela universidade de Yale (EUA) descobriu que; funcionários com líderes emocionalmente inteligentes pensavam positivamente sobre seu local de trabalho e, ao descrever seu trabalho, “quase dois terços das palavras que usaram foram positivas”.
Por outro lado, 70% dos funcionários com supervisores que demonstram pouca inteligência emocional tinham principalmente sentimentos negativos sobre o trabalho. A inteligência emocional leva tempo para se desenvolver, e workshops e cursos online são investimentos valiosos para gerentes em todos os níveis.
Defenda seus funcionários
Promover um ambiente de trabalho mais empático, com alta inteligência emocional na pandemia, exige que os líderes tomem uma posição sobre questões que são importantes para os negócios.
Coloque em prática um plano de comunicação que discuta o problema em questão e como isso afetará a empresa. Da mesma forma, conduza uma visita para escutar e entender as necessidades e experiências dos funcionários daqueles mais afetados por uma política ou problema específico.
À medida que o ano chega ao fim, os problemas que dominaram 2020 estão longe de estar resolvidos. Eles continuarão a afetar a forma como trabalhamos e vivemos, e essas duas áreas se combinam.
No entanto, uma coisa permanece certa: podemos construir organizações mais resilientes e inclusivas, incentivando a empatia e a inteligência emocional na pandemia, a fim de conseguir realizar a compreensão em todas as interações no local de trabalho.
Fonte: Forbes.com
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