Como já observado, os proprietários de pequenas e médias empresas foram fortemente afetados pela pandemia de covid-19. Desde então, os empreendedores passaram a recorrer a linhas de crédito e financiamentos para seus negócios sobreviverem, tornando- se uma prática comum.
Porém, diante das opções de linhas de créditos, uma das modalidades que tem despertado grande interesse nas PMEs (Pequenas e médias empresas) é o home equity. Devido as taxas mais atrativas, determinado modelo se tornou uma solução para empreendedores endividados que buscam colocar as contas em dia, de acordo com levantamento da Melhortaxa, fintech de crédito.
De acordo com a pesquisa, os pequenos empresários já representam cerca de 40% dos pedidos por home equity realizados na plataforma da Melhortaxa em 2021. Hoje, a startup atua como uma plataforma digital de crédito imobiliário, além de oferecer uma ferramenta de comparação de propostas entre diferentes bancos e fintechs e de contratação online deste modelo de crédito.
Além disso, a pesquisa também indicou que a procura por home equity aumentou 10% entre junho e julho de 2021.
Determinada popularidade do home equity cresce em paralelo ao mercado de crédito no Brasil, visto que, segundo a Serasa Experian, a busca de empresas por crédito cresceu 28,2% em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado. A demanda é maior entre as pequenas e médias empresas, que aumentaram em 28,8% a procura por empréstimos.
O que é e como funciona o home equity para PMEs
Home equity é o termo em inglês para a modalidade de empréstimo com imóvel de garantia, no qual funciona como um financiamento comum, mas no qual quem faz a solicitação de crédito, pode oferecer o próprio imóvel como garantia do pagamento das parcelas.
Tal processo “imita” um refinanciamento imobiliário, tendo taxas mais baixas e prazos de pagamentos mais extensos, o que acaba justificando a popularidade do home equity entre as PMES.
As taxas de refinanciamento de imóvel são bem inferiores às taxas cobradas no caso de empréstimos pessoais tradicionais. Segundo cálculos da Melhortaxa, as taxas são até 3% menores, mês a mês.
Além disso, em comparação com outros empréstimos, o prazo de pagamento do home equity são maiores: enquanto o empréstimo pessoal é geralmente até 4 anos, o home equity tem um prazo de até dez anos.
A popularidade do home equity para as PMEs também pode ser explicada pelo fato de ser uma das poucas saídas para empresários que não desejam tomar empréstimo como pessoa física, mas sim jurídica. Segundo Paulo Chebat, CEO da Melhortaxa: ““A proposta é deixar de lado as burocracias envolvendo PF e PJ e facilitar o acesso ao crédito. Essa foi uma das alternativas encontradas por muitos para manterem seus negócios na pandemia, o que explica o crescimento”
O empréstimo com garantia de imóvel também recebe destaque por ser uma alternativa entre os trabalhadores autônomos, pois segundo Chebat: “É uma chance para, antes de mais nada, organizar o fluxo de caixa da empresa e as finanças pessoais”.
Creditas, umas das principais fintech de créditos do país, afirma que o home equity disparou 110% nos últimos 3 meses
A busca cada vez mais crescente pelo home equity também pôde ser vista com clareza na Creditas, que registrou um aumento de buscas de 110% nos últimos três meses, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Dentre as motivações que levaram a esta busca, 21% afirmaram que era para negociação de dívidas,
De acordo com Maria Teresa Fornea, vice-presidente da unidade imobiliária da Creditas e ex-CEO da Bcredi, informou que o público do home equity geralmente costuma ser de pessoas acima dos 40 anos de idade, e dentro deste grupo, há uma parcela considerável de empresários e profissionais autônomos. Dessa maneira, Fornea comenta que: “essas pessoas veem nesse produto uma boa chance para uma retomada econômica, ao mesmo tempo que há uma reabertura da economia”.
Na fintech Creditas, as taxas de contratação do home equity partem de 0,99% ao mês, além do IPCA. Já o prazo de pagamento médio é de dez anos, cinco a mais do que o do home equity para pessoas físicas.
O limite de empréstimos também cresceu, indo de 3 milhões de reais para até 10 milhões de reais.
O home equity vai virar uma tendência?
De acordo com Chebat, o home equity surge como uma complementaridade às demais linhas de créditos existentes no mercado. Para Chebat, “Tudo que vem para reduzir o custo de capital médio é algo que tem chances de crescer e ganhar relevância”.
Especialistas também concordam, e afirmam que o home equity deve ganhar força como uma ferramenta de ajuste do caixa de empresas para um patamar pré-pandemia e que caiba no bolso.
No entanto, há um contraponto para este avanço, que está na regulação deste modelo de crédito. Atualmente, há uma resistência de instituições financeiras em cederem crédito a empresas que não consigam oferecer garantias sólidas. Ou seja, um imóvel comercial dificilmente é aceito como garantia pelos bancos.
Dessa maneira, para flexibilizar o acesso a crédito, um grupo de trabalho formado por juristas e acadêmicos e liderado pelo doutor em direito Fábio Rocha, está desenvolvendo um projeto de lei (PL) que altera ao menos 50 artigos do Código Civil e inclui 50 novos. Assim, a proposta é de atualizar trechos que não favorecem o ambiente de negócios atual, facilitando o acesso a crédito, beneficiando as PMEs.
Outra alteração do projeto de lei, está na possibilidade de tomar empréstimos tendo maquinários, equipamentos e estoques como garantia, bem como prever que um mesmo bem material possa ser usado como garantia em diferentes financiamentos.
Contudo, o texto ainda está em fase de alterações e deve ser apresentado ao Congresso Nacional em forma de PL em dezembro.
Fonte: Exame.com
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